O almoço estava combinado há semanas, mas à última da hora não me consegui livrar de uma situação urgente. Enviei-te um sms, dizendo que chegaria cerca de 15 minutos atrasada. Não respondeste. Já te disse o quanto detesto que o faças? Provavelmente sim…
Os 15 minutos acabaram por se tornar em quase 40. Parte de mim receava que a tua reacção fosse ir embora, mas a outra parte confiava que não o farias.
Quando cheguei não te vi de imediato, julguei o pior… não sei dizer o alívio que senti quando finalmente te percebi numa das mesas perto da janela. Quase corri para ti. Armei-me com o meu melhor sorriso e um pedido de desculpas, mas mal me olhaste quando cheguei.
Vestias uma camisa clara que contrastava com a tua pele morena. Perdi-me nos teus olhos, verdes àquela luz suave que entrava cortada pelo bambu que nos ocultava de quem passeava lá fora, nos terraços.
Comecei a tentar explicar o que acontecera, mas acabei por me calar. O teu olhar não largara o copo de martini que agitavas na mão.
“- Pedi explicações?” – disseste finalmente.
- Não, mas…
“- Então cala-te! Falas quando eu disser para o fazeres. Vamos pedir. O que te apetece?”
- Qualquer coisa… escolhe tu. Não estou com grande apetite…
Chamaste o empregado e pediste umas entradas, mas escolheste logo o prato principal, alertando-o para não demorar em o trazer, mal terminássemos as entradas.
“- Vais à casa de banho e esperas lá por mim. Vai. Agora”
O jogo tinha começado uma vez mais.
A ansiedade e a excitação tomavam já conta de mim.
As casas de banho masculinas e femininas eram antecedidas por um hall comum, com uma bancada que suportava diversos lavatórios e um espelho corrido que ocupava completamente uma das paredes. Esperei aí.
Entrou uma senhora e fingi olhar o espelho como que a retocar a maquilhagem. Ela dirigiu-se a uma das cabines e foi nesta altura que entraste.
Dirigiste-te a mim e voltaste-me de costas, de frente para o espelho. Um dos braços segurando-me pela linha dos ombros, contra ti. Sem pudor a mão que tinhas livre levantou-me o vestido expondo-me perante o espelho. Não usava cuequinhas… sabia que nestes encontros, era assim que me querias. Receava que entrasse alguém, mas não me atrevi a dizer nada.
Deixaste que o vestido caísse e me ocultasse, no preciso momento em que a tal senhora saiu da cabine. Suspirei de alívio. Ela olhou-nos de forma estranha e apressou-se a sair dali.
“-Levanta o vestido.”
Obedeci, expondo uma vez mais perante espelho o meu corpo nu. Com o toque dos teus dedos provocaste um arrepio que percorreu todo o meu corpo.
Levaste uma mão ao bolso do casaco, que entretanto vestiras, e de lá tiraste um brinquedo…
Tratava-se de uma espécie de ovo vibratório. Levaste-o à minha boca e de imediato o lambi, humedecendo-o com a minha saliva.
As minhas mão seguravam ainda o vestido. A porta que dava acesso à saída abriu-se e deixei-o cair, ajeitando-o, disfarçando atrapalhadamente… senti-me mudar de cor.
Mas o senhor que entrou, nem pareceu reparar em nós, dirigindo-se aos lavabos masculinos.
“- Disse-te para largares? – murmuraste
- Não, mas…
“- Shiu! Coloca-te como mandei”
Voltei a levantar o vestido, e com mais força que a necessária, introduziste o ovo na minha cona, que denunciava já o quanto estava excitada. Sufoquei um gemido.
Segurando-me por um braço, levaste-me para a entrada de uma das cabines e entraste comigo. Aí encostaste-me à parede e levantaste-me o vestido. Os teus dedos procuravam agora outra abertura.
- Não… - disse baixinho - por favor… aqui não…
A tua mão tapou-me a boca, quando os teus dedos encontraram o que procuravas, e me penetraste com um deles. Teria gritado certamente, com a dor que provocaste, não fora a tua mão que me impedia de o fazer.
Encostaste-me a mim, e podia sentir mesmo sobre os jeans que usavas, a tua erecção.
“- Vês com me deixas? Desobedeces-me, fazes-me esperar, e ainda assim te desejo tanto… que chega a doer. Devia castigar-te. Tens de aprender a cumprir horários e a fazer o que te mando.”
- Então... castiga-me... - murmurei provocadora.
“Vamos voltar para a mesa. Vai.”
Saí à tua frente e sentei-me devagar. Inebriava-me a excitação que toda aquela situação me causava…
Continua