terça-feira, 26 de maio de 2009

Drive... me crazy II

Não queria esperar mais. Queria-te a ti… já estivera demasiado tempo sem te sentir, sem te saborear… sem te fazer gemer de prazer… sem colocar nos teus olhos o brilho que agora tinham…

- Tive saudades… - murmurei antes de te beijar, ao mesmo tempo que a minha mão deslizava para o teu caralho já tão duro… - tiveste saudades minhas?

Acariciei-te por cima dos jeans. Não foi preciso responderes… que outro motivo terias para estar ali? Para estares assim…

Olhos nos olhos. Mais que desejo, loucura talvez…
Bocas que se devoram e devoram a saudade que consome…
Mãos que não precisam de mapa para se encontrarem nos trilhos do prazer.
Momentos de pura insanidade em que as palavras estão a mais.

Ajudaste-me a abrir-te as calças e a tirá-lo para fora… humm… voltei a beijar-te enquanto to acariciava e sentia a tesão…

- Excita-me tanto saber que te deixo assim… - sussurrei.
“- Eu sei que sim…”

Deixei que a minha língua deslizasse pelo teu caralho… as saudades que tinha de o fazer. Chupei-te ao de leve a glande, envolvendo-a com os meus lábios e brincando com a língua… engoli-te com vontade… adoro sentir-te a ficar ainda mais grosso e duro na minha boca… não me canso de to dizer… adoro fazer-te gemer de prazer… e até quando me pedes para parar… e ocupas a minha boca gulosa com a tua para me distrair… adiando o orgasmo, prolongando o prazer…

Debruçada sobre ti, o teu caralho na minha boca… os teus dedos brincando na minha cona molhada… tão molhada por tua causa… deliciosa a forma como me acariciavas… como os teus dedos sabiam exactamente onde e com que intensidade me tocar…

Enlouquece-me a forma como me tocas… quando quase me obrigas a parar de te chupar… por não o conseguir fazer em simultâneo com os gemidos que arrancas do fundo de mim…

Os teus dedos não paravam… ora me penetrando ora acariciando cada ponto de prazer… sentia o orgasmo a aproximar-se e só me apetecia dizer-te para não parares… mas isso obrigar-me-ia a interromper o que estava a fazer e que tanto prazer me dava… nos dava… por isso limitei-me a acelerar o ritmo com que te engolia… sustendo apenas um instante em que aquele tremor involuntário tão bem vindo tomou conta do meu corpo… para logo retomar…

A tua voz soou longe quando me pediste “não pares agora”… acelerei mais ainda antecipando o teu orgasmo que não tardou a encher-me a boca… engoli o teu leite e lambi cada gota…

Uma energia electrizante percorria ainda o meu corpo, como se tivesse levado um choque de alta voltagem…

Aninhei-me nos teus braços que me envolveram e deixei-me ficar nesse abraço… sentindo o teu coração bater ao mesmo ritmo do meu. Apenas alguns instantes…

- Já temos de ir? - perguntei sem grande convicção.
O tempo escoara-se, mas não o desejo…

Não raras vezes dou por mim a pensar que tanto prazer será certamente profano… apenas para concluir que o verdadeiro pecado estaria em abdicar de o sentir…

terça-feira, 19 de maio de 2009

Drive... me crazy

Tinha saudades… o desejo adiado a um ponto quase impossível de suportar, e o que custava mais era o saber que era tão pouco o tempo que podia estar contigo…
Surpreendera-me aquela chamada no final do dia anterior…

Mais que um desejo, uma necessidade de te ver. Claro que arranjaria disponibilidade…
“- Não vou poder demorar-me.”
- Não? Isso quer dizer que temos quanto tempo?
“- Cerca de uma hora.”
- Só uma hora? Tudo bem. Quero ver-te…
Preciso de te ver… murmurei mais para mim que para ti.

À hora marcada, desta vez pontualmente, estacionei onde combináramos. Sentia-me outra vez uma garota aguardando o primeiro encontro, dominada pela ansiedade. Espantoso como tinhas… tens sempre esse efeito em mim…

Os minutos decorriam lentamente. Começava a questionar-me se teria percebido bem o local que indicaras. Ou se teria acontecido algo que te impedisse de aparecer… não queria admitir, nem para mim mesma, o quanto isso me perturbava.

Um toque no vidro da janela trouxe-me de volta à realidade e a ti. Destranquei a porta e entraste. Cumprimentámo-nos com dois beijos… a minha vontade era sentir o sabor dos teus lábios…

Arranquei em direcção à auto-estrada. Depressa demais? Talvez. Mas só de pensar que dispúnhamos de tão pouco tempo e ainda perderíamos uma boa parte dele no caminho, não me permitia abrandar.

Ainda antes de entrarmos na auto-estrada (abençoada via verde), já a tua mão me acariciava por cima das calças. Perguntava-me na altura porque raio me havia lembrado de vestir calças?

Desapertaste os botões e sem pedir licença os teus dedos arrancaram-me um primeiro gemido. Mas não pararam… tocando, acariciando, explorando cada centímetro da minha cona… até me penetrarem com premência.

As minhas mãos apertavam o volante numa tentativa de manter algum controle… se não em mim, pelo menos na condução.
A minha respiração acelerava ao ritmo que os teus dedos me impunham… a excitação envolvia cada poro do meu corpo.
Em determinados momentos juraria que havia esquecido como respirar…

Poucas vezes larguei a faixa de ultrapassagem… a urgência em chegar ao destino era grande, e aumentava em sintonia com os batimentos do meu coração.
- Pára… - pedi-te, sabendo que tinhas de o fazer, sob o risco de nos despistarmos, desejando porém que não o fizesses.

Diminuíste a intensidade do teu toque, permitindo-me recuperar o fôlego… mas não foste capaz de fazer o mesmo com o desejo que me dominava por inteiro e ditava a aceleração que o conta kms mostrava.

Enfim saímos da A… a distância encurtava, mas parecia determinada em fazer-se notar… primeiro um desvio surpresa… depois... um carro de uma qualquer escola de condução, num local impossível de ultrapassar, em que o aluno estava certamente na primeira lição atenta a velocidade a que seguia…

Um teste à minha crescente impaciência… qual corrida de obstáculos. Tivemos mesmo de nos rir, tal o ridículo da situação.

Por fim consegui estacionar.
O meu corpo tremia de excitação e antecipação…

Continua

terça-feira, 12 de maio de 2009

Secret

Vou contar-te um segredo…

... que não o é, porque os meus olhos não sabem mentir e denunciam-me sem que o consiga evitar… apeteces-me!

Quero o sabor dos teus lábios, o teu toque na minha pele… despertando o desejo, inflamando a vontade, saciando o querer…

Quero as tuas mãos no meu corpo, desenhando novas rotas de prazer.

Quero... o desconcerto em que me deixas.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Submissão IV

Passaste a tua língua humedecendo mais… e pouco tempo durou até te sentir novamente e começares a empurrar… a forçar para abrir aquele buraco que se fechava ainda para ti… virei a cabeça para o colchão para não gritar quando me penetraste.

Tentei relaxar… sabia que atenuaria a dor, mas o meu corpo não me respondia.

E tu continuavas… enterrando cada vez mais...

Entretanto a tua mão encontrou o caminho para a minha cona e os teus dedos acariciaram-me mais uma vez daquela forma que me enlouquecia… sentia o orgasmo a chegar… a explosão prestes a acontecer…

Mas a dor não parava. E o teu toque também não arrancado-me gemidos de prazer... e dor.

Encontrava-me envolta numa espiral de sensações que raiavam a insanidade... e ao mesmo tempo me surpreendiam com uma estranha lucidez.

Sentia o ritmo da tua respiração ofegante e soube que em breve terminarias…

Na boca o sabor acre do sangue levou-me a pensar que devia ter mordido o lábio com força demais…

Sufoquei um grito quando atingi o orgasmo. Quase em simultâneo também paraste… e contigo o tempo…

Apenas a nossa respiração, que aos poucos normalizava, era perceptível.

Saíste devagar de dentro de mim… quase sem dor. Deixei-me cair. Meio dormente, meio ausente…

Senti a tua mão acariciando o meu cabelo e desviei-me. Não queria que me tocasses. Desapertaste a fita com que me prenderas os braços.

“- Psiu… estás bem?”
Não respondi. Nem eu sabia ao certo como estava.
“- Linda…?”

Puxaste-me para ti e envolveste-me num abraço apertado. Percebi que os meus braços respondiam ao teu abraço.

- Acho que não tenho muito jeito para isto – murmurei.
Apertaste-me mais contra ti.

“- Portaste-te lindamente…” – disseste baixinho – “não imaginas como me excitou ter-te assim… nunca te senti tão minha.”

- Está calado. Ainda me pões a chorar outra vez…
Mas já foi tarde o aviso. As lágrimas caíam uma vez mais, desta feita sem que eu soubesse ao certo porquê.

“- O que se passa? – soavas meio assustado agora.
Tive vontade de me rir.

Olhei-te nos olhos e beijei-te apenas. Um beijo doce… de entrega, de cumplicidade. Sentia-me mais perto de ti. Mais perto de mim… estranha a sensação que me envolveu no culminar daquela experiência.

Como se tivesse libertado algo que há muito ansiava por sair… como se tivesse encontrado algo que perdera, sem saber se alguma vez tinha possuído.

Sentia-me exausta e meio dorida… creio ter adormecido nos teus braços. Quando acordei já começava a anoitecer. Tu dormias, os teus braços envolvendo o meu corpo. Aninhei-me contra ti e deixei-me ficar… em breve teríamos de ir embora, mas agora queria saborear o momento.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Submissão III

“- Volta para o quarto e espera-me lá.” – o tom com que falaste acentuou o gelo com que o teu olhar me atingira.
“- Quando sair daqui quero encontrar-te de joelhos no chão, o tronco sobre a cama… os braços atrás das costas… as mãos nos cotovelos. Vai, agora!”

Engoli em seco. Se era um papel que estavas a representar fazia-lo divinalmente…
Ao mesmo tempo, eu sentia que não o estava a fazer assim tão bem. Parte de mim queria desempenhar o papel a que me propusera, mas outra parte não aceitava de ânimo leve ser tratada daquela maneira.

Eu quis isto, disse de mim para mim. Fui eu quem insistiu em tornar esta fantasia real… porque raio está isto a mexer tanto comigo?
Decidi voltar à cena e assumir inteiramente aquele papel… talvez o que estivesse a tornar tudo mais difícil, fosse precisamente a parte de mim que não o queria aceitar…

Coloquei-me na posição que ordenaras e aguardei. Ouvi fechares a água, e percebi o momento em que voltaste ao quarto, pelo barulho da porta a fechar e pelo ruído das duas voltas que a chave deu na fechadura. Estavas a trancar-nos? Surpresa… medo… começava a sentir-me verdadeiramente assustada.

Um ardor repentino nas minhas nádegas já doridas despertou-me daquele semi-torpor… como um golpe... que repetiste… Foi com um esforço tremendo que consegui não me mexer.
Aguardei o continuar do castigo, mas não continuaste.

“- Volta-te para mim.” – disseste. Algo mudara no tom da tua voz.
Ergui o tronco da cama e voltei-me de joelhos para ti.
“- Queres parar por aqui? Fala à vontade.”
- Tu queres parar?
“- Não. Eu quero tornar real o que falámos. Mas acho que isto se está a tornar demasiado intenso e não quero estragar o que temos.”

- Não – ouvi-me a dizer – quero continuar. Esta não é uma fantasia apenas tua. E não me imagino a realizá-la com mais ninguém… só tu conheces este meu lado… que nem eu sabia que existia. Quero continuar… repeti.

Só nesta altura reparei no cinto que seguravas nas tuas mãos e percebi o que provocara o ardor.
“- Muito bem! Acabou o intervalo então.” – o tom já não era o mesmo com que me falaras momentos antes.

“- Coloca-te como estavas.” – apetecia-me chorar só de pensar no que ias fazer. Parte de mim queria render-se ao castigo, mas outra parte revoltava-se a cada instante. Mordi o lábio inferior e coloquei-me como estava antes. As tuas mãos prenderam-me os braços naquela posição e ergueram-me.

“- Sobe para a cama.”
Sem o auxílio das mãos revelou-se uma tarefa algo complicada pela dificuldade em manter o equilíbrio. Fiquei de joelhos sobre a cama.
Senti que te aproximavas, mas não me mexi.
Agarraste-me pelos cabelos e aproximaste o teu rosto do meu, sussurrando “- Adoro ter-te assim… submissa... Diz-me a quem pertences.”
- Sou tua… - ouvi-me murmurar.

“- Inclina-te.”
Mas não esperaste que o fizesse e empurraste-me o peito contra o colchão. Naquela posição, só o meu cuzinho se empinava…

Acariciaste-me as nádegas, apertaste-as com as mãos. Um dos teus dedos deteve-se… e penetraste-me com ele. Gemi.

Deslizaste até à minha cona e fizeste o mesmo.
“- Estás tão molhada…”

Roubaste um pouco do líquido que escorria para melhor humedecer o cuzinho. Um arrepio percorreu o meu corpo quando percebi o que ias fazer. Senti encostares-me a ponta do teu caralho… e só conseguia pensar no quanto ele era grande e grosso… e em como me ia magoar…

Continua

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Submissão II

Não controlei um gemido que o teu gesto provocara.
“- Shiu…” disseste baixinho. Mas continuavas a brincar com fio ora puxando ora soltando, e eu sentia-me cada vez mais prestes a perder o controle… um puxão mais forte e tiraste uma das bolas, e com ela um grito que em vão tentei abafar.
“- Não disse para te calares?” murmuraste ao meu ouvido.
- Sim, mas…
“- E disse-te que agora podias falar?” Novamente aquele tom que começava a detestar.

Sustive a respiração. Foi quase sem surpresa que senti a primeira palmada… e as que se seguiram. Mordi o lábio inferior ao mesmo tempo que tentava evitar que qualquer som escapasse da minha boca.

Colocaste-te ao lado da cama para facilitar o que estavas a fazer… e para permitir que com a outra mão continuasses a brincar com as bolas… a dor e o prazer misturavam-se… quase diria que a primeira acentuava a forma de sentir o segundo… as lágrimas não tardaram a cair e eu já nada fazia para as suster.
Também os gemidos algo soluçados escapavam sem que os pudesse conter.

Foi breve o castigo. Paraste de bater, mas não de brincar com as bolas… um puxão mais forte e arrancaste aquela que ainda se encontrava dentro de mim. Os teus dedos penetraram a minha cona que sentia escorrer…

Tão depressa como o fizeste, tiraste-os de mim… senti que te movias… mas só percebi para onde quando o teu caralho preencheu o espaço pouco antes explorado pelos teus dedos… fazendo-me gemer alto…

Amaldiçoei-me por me ter permitido novamente fazê-lo… receava que parasses como castigo… porque sabias o quanto adorava ter-te assim dentro de mim… o teu caralho a preencher-me daquela forma mais que perfeita… a excitação assumia novas proporções… as tuas mãos nas minhas ancas puxando-me para ti…
“- Queres que me venha?” – perguntaste sem diminuir o ritmo com que enterravas o teu caralho dentro de mim.
“- Responde!”

- Oh sim… por favor… comigo… eu não aguento mais… - murmurei entre gemidos.
Já nada fazia para os controlar, deixando-me levar nas ondas de prazer que se sucediam e agitavam o meu corpo com uma intensidade que desconhecia pudesse existir.
Atingimos o orgasmo em simultâneo. Todo o meu corpo tremia… e nem quando te senti sair de mim o tremor cessou…

“- Anda. Agora vens dar-me banho.”
Deliciosa a sugestão, não fora o tom com que a pronunciaras.
Levantei-me, procurando abstrair-me desse pormenor… e fui forçada a sentar-me na beira da cama, tomada por uma súbita tontura.
“- Estás bem?” - desse tom de preocupação eu gostava…
- Sim. Foi só uma tontura… levantei-me muito depressa…

“- E estás em condições de fazer o que te disse, ou nem por isso?” – a frieza voltara à tua voz.
- Sim. – disse com alguma irritação mal dissimulada.

Fui para a casa de banho. Abri a torneira do chuveiro … a água estava quase tépida… em resultado das temperaturas anormalmente altas para a época. Entrei na banheira e aproveitei para me passar por água…
“- Disse-te para tomares banho?” Não percebi que me seguiras.
- Desculpa… - murmurei surpreendida – eu saio. Pensei que quisesses…
“- Eu digo-te o que quero. E o que não quero. E não quero que penses ou tires conclusões das ordens claras que te dou. Entendido?”

Acenei que sim. Sentia-me à beira das lágrimas. Parte de mim irritada por isso… por perceber que o poder que te cedera me deixava tão vulnerável perante ti.

Saí da banheira e enrolei-me numa das toalhas, deixando que o contacto com a minha pele secasse alguns fios de água que escorriam. Estava calor… por isso não me enxuguei totalmente, experimentando a frescura deixada pela água.

- Queres ajuda para entrar? – perguntei irritada e provocadora.
O olhar que me lançaste gelou-me.
Quem era aquele estranho que estava ali e tomara o teu lugar?

Continua

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Submissão

Não recordo bem como tudo começou. Qual foi o catalisador que terá feito surgir as primeiras conversas sobre o assunto.

Submissão. Um “jogo” que quisemos experimentar. Um fetiche que partilhávamos e que juntos quisemos tornar real.
Ambas as situações me excitavam… estar na posição de submissa… ou na de dominadora. Foi um pouco ao acaso que escolhemos os primeiros papéis, que mais tarde invertemos e voltámos a inverter, acabando onde tínhamos começado.

Engraçado como pouco a pouco, os limites que traçáramos, definindo os parâmetros da relação que nos permitiríamos ter, iam sendo removidos.

Foi ao assumir o papel de submissa que tomei consciência da confiança que tinha em ti.
A simples ideia de entregar, não apenas o meu corpo, mas a minha própria vontade, nas tuas mãos, ao invés de despertar receio, despertou apenas uma nova forma de excitação, intensa a um ponto que me apanhou desprevenida.

Algemas, vendas… não eram brinquedos novos, mas assumiam naquele jogo um novo papel, mais profundo, porque a vontade que ditaria a sua função seria, desta vez, unicamente a tua.
E eu… limitar-me-ia a seguir a tua vontade… o teu desejo… o teu prazer… estranhamente toda a situação acabou por me dar a mim um prazer inigualável.

Delineadas algumas regras, foi com um misto de receio e ansiedade, excedido apenas pela excitação que tomava conta de nós, que nos lançámos nesse “jogo” e assumimos os papéis que nos caberiam, como actores numa peça em que o enredo estava nas tuas mãos.

À hora marcada cruzámo-nos, como se por acaso, no hall do prédio. O facto de ser na tua casa, um local que eu já conhecia, dava-me uma certa segurança, uma certa sensação de aconchego.

Nada disseste e eu mantive-me calada. Entrámos no elevador e mal a porta fechou encostaste-me contra o espelho. Sentia a tua respiração tão acelerada como a minha… com uma mão levantaste a saia e acariciaste-me as nádegas… confirmando se eu tinha vindo como ordenaras. Completamente depilada, nada por baixo da saia.

Aquela total ausência de palavras começava a provocar em mim algum desconforto… não desagradável porém… de alguma forma semelhante ao provocado pelas bolas chinesas que me mandaras usar… e que naquele momento preenchiam a minha cona… quase quebrei a regra do silencio e te pedi para parares o elevador naquele momento. Quase…

Quebraste o contacto com o meu corpo, e mantiveste uma postura de indiferença, que não me agradou de todo, até o elevador parar.

Abriste a porta do apartamento e fizeste-me sinal para entrar. A tensão que a tua atitude me provocava estava a tornar-se difícil de suportar.

Conduziste-me ao meio da sala e sentaste-te no sofá, como espectador de um filme que se desenrolava perante ti.
“- Despe-te.”
A aspereza da tua voz surpreendeu-me… parte de mim tentava relembrar-me que estávamos apenas a jogar um jogo que ambos escolhêramos.

Desapertei lentamente os botões da blusa e depois a saia que caiu aos meus pés. Baixei-me para a apanhar…
“- Deixa. Continua.”
Tirei a blusa e desapertei o soutien desnudando os meus seios que não permitiam negar a excitação que sentia no momento. Baixei-me para desapertar as sandálias, e pu-las de lado.

Tu limitaste-te a olhar-me com uma expressão algo displicente, não fosse o brilho desse olhar que eu tão bem conhecia, a denunciar-te.
“- Fizeste o que te mandei?”

Tinhas-me proibido de me tocar no dia que antecedeu o nosso encontro.
Acenei que sim.

“- Vai para o quarto. Quero-te na cama, de quatro, virada para a parede… as pernas afastadas.”
Hesitei por momentos e depois dirigi-me ao quarto, colocando-me na posição que ditaras. Mais que nervosa começava a sentir algum receio… não que isso de algum modo diminuísse a minha excitação.

Sentia as bolas dentro de mim a cada movimento que fazia, pois, mesmo naquela posição, não conseguia imobilizar-me totalmente.
Ouvi-te ligar a televisão… e eu começava a sentir-me totalmente ridícula naquela posição.

Não dei por entrares no quarto, apenas te percebendo quando as tuas mãos começaram a desenhar nas minhas costas uma linha… com início na base da nuca, provocando um arrepio que percorreu todo o meu corpo, e prosseguindo… até agarrares o fio que prendia as bolas e começares a brincar com ele...

Continua