terça-feira, 26 de maio de 2009

Drive... me crazy II

Não queria esperar mais. Queria-te a ti… já estivera demasiado tempo sem te sentir, sem te saborear… sem te fazer gemer de prazer… sem colocar nos teus olhos o brilho que agora tinham…

- Tive saudades… - murmurei antes de te beijar, ao mesmo tempo que a minha mão deslizava para o teu caralho já tão duro… - tiveste saudades minhas?

Acariciei-te por cima dos jeans. Não foi preciso responderes… que outro motivo terias para estar ali? Para estares assim…

Olhos nos olhos. Mais que desejo, loucura talvez…
Bocas que se devoram e devoram a saudade que consome…
Mãos que não precisam de mapa para se encontrarem nos trilhos do prazer.
Momentos de pura insanidade em que as palavras estão a mais.

Ajudaste-me a abrir-te as calças e a tirá-lo para fora… humm… voltei a beijar-te enquanto to acariciava e sentia a tesão…

- Excita-me tanto saber que te deixo assim… - sussurrei.
“- Eu sei que sim…”

Deixei que a minha língua deslizasse pelo teu caralho… as saudades que tinha de o fazer. Chupei-te ao de leve a glande, envolvendo-a com os meus lábios e brincando com a língua… engoli-te com vontade… adoro sentir-te a ficar ainda mais grosso e duro na minha boca… não me canso de to dizer… adoro fazer-te gemer de prazer… e até quando me pedes para parar… e ocupas a minha boca gulosa com a tua para me distrair… adiando o orgasmo, prolongando o prazer…

Debruçada sobre ti, o teu caralho na minha boca… os teus dedos brincando na minha cona molhada… tão molhada por tua causa… deliciosa a forma como me acariciavas… como os teus dedos sabiam exactamente onde e com que intensidade me tocar…

Enlouquece-me a forma como me tocas… quando quase me obrigas a parar de te chupar… por não o conseguir fazer em simultâneo com os gemidos que arrancas do fundo de mim…

Os teus dedos não paravam… ora me penetrando ora acariciando cada ponto de prazer… sentia o orgasmo a aproximar-se e só me apetecia dizer-te para não parares… mas isso obrigar-me-ia a interromper o que estava a fazer e que tanto prazer me dava… nos dava… por isso limitei-me a acelerar o ritmo com que te engolia… sustendo apenas um instante em que aquele tremor involuntário tão bem vindo tomou conta do meu corpo… para logo retomar…

A tua voz soou longe quando me pediste “não pares agora”… acelerei mais ainda antecipando o teu orgasmo que não tardou a encher-me a boca… engoli o teu leite e lambi cada gota…

Uma energia electrizante percorria ainda o meu corpo, como se tivesse levado um choque de alta voltagem…

Aninhei-me nos teus braços que me envolveram e deixei-me ficar nesse abraço… sentindo o teu coração bater ao mesmo ritmo do meu. Apenas alguns instantes…

- Já temos de ir? - perguntei sem grande convicção.
O tempo escoara-se, mas não o desejo…

Não raras vezes dou por mim a pensar que tanto prazer será certamente profano… apenas para concluir que o verdadeiro pecado estaria em abdicar de o sentir…

terça-feira, 19 de maio de 2009

Drive... me crazy

Tinha saudades… o desejo adiado a um ponto quase impossível de suportar, e o que custava mais era o saber que era tão pouco o tempo que podia estar contigo…
Surpreendera-me aquela chamada no final do dia anterior…

Mais que um desejo, uma necessidade de te ver. Claro que arranjaria disponibilidade…
“- Não vou poder demorar-me.”
- Não? Isso quer dizer que temos quanto tempo?
“- Cerca de uma hora.”
- Só uma hora? Tudo bem. Quero ver-te…
Preciso de te ver… murmurei mais para mim que para ti.

À hora marcada, desta vez pontualmente, estacionei onde combináramos. Sentia-me outra vez uma garota aguardando o primeiro encontro, dominada pela ansiedade. Espantoso como tinhas… tens sempre esse efeito em mim…

Os minutos decorriam lentamente. Começava a questionar-me se teria percebido bem o local que indicaras. Ou se teria acontecido algo que te impedisse de aparecer… não queria admitir, nem para mim mesma, o quanto isso me perturbava.

Um toque no vidro da janela trouxe-me de volta à realidade e a ti. Destranquei a porta e entraste. Cumprimentámo-nos com dois beijos… a minha vontade era sentir o sabor dos teus lábios…

Arranquei em direcção à auto-estrada. Depressa demais? Talvez. Mas só de pensar que dispúnhamos de tão pouco tempo e ainda perderíamos uma boa parte dele no caminho, não me permitia abrandar.

Ainda antes de entrarmos na auto-estrada (abençoada via verde), já a tua mão me acariciava por cima das calças. Perguntava-me na altura porque raio me havia lembrado de vestir calças?

Desapertaste os botões e sem pedir licença os teus dedos arrancaram-me um primeiro gemido. Mas não pararam… tocando, acariciando, explorando cada centímetro da minha cona… até me penetrarem com premência.

As minhas mãos apertavam o volante numa tentativa de manter algum controle… se não em mim, pelo menos na condução.
A minha respiração acelerava ao ritmo que os teus dedos me impunham… a excitação envolvia cada poro do meu corpo.
Em determinados momentos juraria que havia esquecido como respirar…

Poucas vezes larguei a faixa de ultrapassagem… a urgência em chegar ao destino era grande, e aumentava em sintonia com os batimentos do meu coração.
- Pára… - pedi-te, sabendo que tinhas de o fazer, sob o risco de nos despistarmos, desejando porém que não o fizesses.

Diminuíste a intensidade do teu toque, permitindo-me recuperar o fôlego… mas não foste capaz de fazer o mesmo com o desejo que me dominava por inteiro e ditava a aceleração que o conta kms mostrava.

Enfim saímos da A… a distância encurtava, mas parecia determinada em fazer-se notar… primeiro um desvio surpresa… depois... um carro de uma qualquer escola de condução, num local impossível de ultrapassar, em que o aluno estava certamente na primeira lição atenta a velocidade a que seguia…

Um teste à minha crescente impaciência… qual corrida de obstáculos. Tivemos mesmo de nos rir, tal o ridículo da situação.

Por fim consegui estacionar.
O meu corpo tremia de excitação e antecipação…

Continua

terça-feira, 12 de maio de 2009

Secret

Vou contar-te um segredo…

... que não o é, porque os meus olhos não sabem mentir e denunciam-me sem que o consiga evitar… apeteces-me!

Quero o sabor dos teus lábios, o teu toque na minha pele… despertando o desejo, inflamando a vontade, saciando o querer…

Quero as tuas mãos no meu corpo, desenhando novas rotas de prazer.

Quero... o desconcerto em que me deixas.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Submissão IV

Passaste a tua língua humedecendo mais… e pouco tempo durou até te sentir novamente e começares a empurrar… a forçar para abrir aquele buraco que se fechava ainda para ti… virei a cabeça para o colchão para não gritar quando me penetraste.

Tentei relaxar… sabia que atenuaria a dor, mas o meu corpo não me respondia.

E tu continuavas… enterrando cada vez mais...

Entretanto a tua mão encontrou o caminho para a minha cona e os teus dedos acariciaram-me mais uma vez daquela forma que me enlouquecia… sentia o orgasmo a chegar… a explosão prestes a acontecer…

Mas a dor não parava. E o teu toque também não arrancado-me gemidos de prazer... e dor.

Encontrava-me envolta numa espiral de sensações que raiavam a insanidade... e ao mesmo tempo me surpreendiam com uma estranha lucidez.

Sentia o ritmo da tua respiração ofegante e soube que em breve terminarias…

Na boca o sabor acre do sangue levou-me a pensar que devia ter mordido o lábio com força demais…

Sufoquei um grito quando atingi o orgasmo. Quase em simultâneo também paraste… e contigo o tempo…

Apenas a nossa respiração, que aos poucos normalizava, era perceptível.

Saíste devagar de dentro de mim… quase sem dor. Deixei-me cair. Meio dormente, meio ausente…

Senti a tua mão acariciando o meu cabelo e desviei-me. Não queria que me tocasses. Desapertaste a fita com que me prenderas os braços.

“- Psiu… estás bem?”
Não respondi. Nem eu sabia ao certo como estava.
“- Linda…?”

Puxaste-me para ti e envolveste-me num abraço apertado. Percebi que os meus braços respondiam ao teu abraço.

- Acho que não tenho muito jeito para isto – murmurei.
Apertaste-me mais contra ti.

“- Portaste-te lindamente…” – disseste baixinho – “não imaginas como me excitou ter-te assim… nunca te senti tão minha.”

- Está calado. Ainda me pões a chorar outra vez…
Mas já foi tarde o aviso. As lágrimas caíam uma vez mais, desta feita sem que eu soubesse ao certo porquê.

“- O que se passa? – soavas meio assustado agora.
Tive vontade de me rir.

Olhei-te nos olhos e beijei-te apenas. Um beijo doce… de entrega, de cumplicidade. Sentia-me mais perto de ti. Mais perto de mim… estranha a sensação que me envolveu no culminar daquela experiência.

Como se tivesse libertado algo que há muito ansiava por sair… como se tivesse encontrado algo que perdera, sem saber se alguma vez tinha possuído.

Sentia-me exausta e meio dorida… creio ter adormecido nos teus braços. Quando acordei já começava a anoitecer. Tu dormias, os teus braços envolvendo o meu corpo. Aninhei-me contra ti e deixei-me ficar… em breve teríamos de ir embora, mas agora queria saborear o momento.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Submissão III

“- Volta para o quarto e espera-me lá.” – o tom com que falaste acentuou o gelo com que o teu olhar me atingira.
“- Quando sair daqui quero encontrar-te de joelhos no chão, o tronco sobre a cama… os braços atrás das costas… as mãos nos cotovelos. Vai, agora!”

Engoli em seco. Se era um papel que estavas a representar fazia-lo divinalmente…
Ao mesmo tempo, eu sentia que não o estava a fazer assim tão bem. Parte de mim queria desempenhar o papel a que me propusera, mas outra parte não aceitava de ânimo leve ser tratada daquela maneira.

Eu quis isto, disse de mim para mim. Fui eu quem insistiu em tornar esta fantasia real… porque raio está isto a mexer tanto comigo?
Decidi voltar à cena e assumir inteiramente aquele papel… talvez o que estivesse a tornar tudo mais difícil, fosse precisamente a parte de mim que não o queria aceitar…

Coloquei-me na posição que ordenaras e aguardei. Ouvi fechares a água, e percebi o momento em que voltaste ao quarto, pelo barulho da porta a fechar e pelo ruído das duas voltas que a chave deu na fechadura. Estavas a trancar-nos? Surpresa… medo… começava a sentir-me verdadeiramente assustada.

Um ardor repentino nas minhas nádegas já doridas despertou-me daquele semi-torpor… como um golpe... que repetiste… Foi com um esforço tremendo que consegui não me mexer.
Aguardei o continuar do castigo, mas não continuaste.

“- Volta-te para mim.” – disseste. Algo mudara no tom da tua voz.
Ergui o tronco da cama e voltei-me de joelhos para ti.
“- Queres parar por aqui? Fala à vontade.”
- Tu queres parar?
“- Não. Eu quero tornar real o que falámos. Mas acho que isto se está a tornar demasiado intenso e não quero estragar o que temos.”

- Não – ouvi-me a dizer – quero continuar. Esta não é uma fantasia apenas tua. E não me imagino a realizá-la com mais ninguém… só tu conheces este meu lado… que nem eu sabia que existia. Quero continuar… repeti.

Só nesta altura reparei no cinto que seguravas nas tuas mãos e percebi o que provocara o ardor.
“- Muito bem! Acabou o intervalo então.” – o tom já não era o mesmo com que me falaras momentos antes.

“- Coloca-te como estavas.” – apetecia-me chorar só de pensar no que ias fazer. Parte de mim queria render-se ao castigo, mas outra parte revoltava-se a cada instante. Mordi o lábio inferior e coloquei-me como estava antes. As tuas mãos prenderam-me os braços naquela posição e ergueram-me.

“- Sobe para a cama.”
Sem o auxílio das mãos revelou-se uma tarefa algo complicada pela dificuldade em manter o equilíbrio. Fiquei de joelhos sobre a cama.
Senti que te aproximavas, mas não me mexi.
Agarraste-me pelos cabelos e aproximaste o teu rosto do meu, sussurrando “- Adoro ter-te assim… submissa... Diz-me a quem pertences.”
- Sou tua… - ouvi-me murmurar.

“- Inclina-te.”
Mas não esperaste que o fizesse e empurraste-me o peito contra o colchão. Naquela posição, só o meu cuzinho se empinava…

Acariciaste-me as nádegas, apertaste-as com as mãos. Um dos teus dedos deteve-se… e penetraste-me com ele. Gemi.

Deslizaste até à minha cona e fizeste o mesmo.
“- Estás tão molhada…”

Roubaste um pouco do líquido que escorria para melhor humedecer o cuzinho. Um arrepio percorreu o meu corpo quando percebi o que ias fazer. Senti encostares-me a ponta do teu caralho… e só conseguia pensar no quanto ele era grande e grosso… e em como me ia magoar…

Continua

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Submissão II

Não controlei um gemido que o teu gesto provocara.
“- Shiu…” disseste baixinho. Mas continuavas a brincar com fio ora puxando ora soltando, e eu sentia-me cada vez mais prestes a perder o controle… um puxão mais forte e tiraste uma das bolas, e com ela um grito que em vão tentei abafar.
“- Não disse para te calares?” murmuraste ao meu ouvido.
- Sim, mas…
“- E disse-te que agora podias falar?” Novamente aquele tom que começava a detestar.

Sustive a respiração. Foi quase sem surpresa que senti a primeira palmada… e as que se seguiram. Mordi o lábio inferior ao mesmo tempo que tentava evitar que qualquer som escapasse da minha boca.

Colocaste-te ao lado da cama para facilitar o que estavas a fazer… e para permitir que com a outra mão continuasses a brincar com as bolas… a dor e o prazer misturavam-se… quase diria que a primeira acentuava a forma de sentir o segundo… as lágrimas não tardaram a cair e eu já nada fazia para as suster.
Também os gemidos algo soluçados escapavam sem que os pudesse conter.

Foi breve o castigo. Paraste de bater, mas não de brincar com as bolas… um puxão mais forte e arrancaste aquela que ainda se encontrava dentro de mim. Os teus dedos penetraram a minha cona que sentia escorrer…

Tão depressa como o fizeste, tiraste-os de mim… senti que te movias… mas só percebi para onde quando o teu caralho preencheu o espaço pouco antes explorado pelos teus dedos… fazendo-me gemer alto…

Amaldiçoei-me por me ter permitido novamente fazê-lo… receava que parasses como castigo… porque sabias o quanto adorava ter-te assim dentro de mim… o teu caralho a preencher-me daquela forma mais que perfeita… a excitação assumia novas proporções… as tuas mãos nas minhas ancas puxando-me para ti…
“- Queres que me venha?” – perguntaste sem diminuir o ritmo com que enterravas o teu caralho dentro de mim.
“- Responde!”

- Oh sim… por favor… comigo… eu não aguento mais… - murmurei entre gemidos.
Já nada fazia para os controlar, deixando-me levar nas ondas de prazer que se sucediam e agitavam o meu corpo com uma intensidade que desconhecia pudesse existir.
Atingimos o orgasmo em simultâneo. Todo o meu corpo tremia… e nem quando te senti sair de mim o tremor cessou…

“- Anda. Agora vens dar-me banho.”
Deliciosa a sugestão, não fora o tom com que a pronunciaras.
Levantei-me, procurando abstrair-me desse pormenor… e fui forçada a sentar-me na beira da cama, tomada por uma súbita tontura.
“- Estás bem?” - desse tom de preocupação eu gostava…
- Sim. Foi só uma tontura… levantei-me muito depressa…

“- E estás em condições de fazer o que te disse, ou nem por isso?” – a frieza voltara à tua voz.
- Sim. – disse com alguma irritação mal dissimulada.

Fui para a casa de banho. Abri a torneira do chuveiro … a água estava quase tépida… em resultado das temperaturas anormalmente altas para a época. Entrei na banheira e aproveitei para me passar por água…
“- Disse-te para tomares banho?” Não percebi que me seguiras.
- Desculpa… - murmurei surpreendida – eu saio. Pensei que quisesses…
“- Eu digo-te o que quero. E o que não quero. E não quero que penses ou tires conclusões das ordens claras que te dou. Entendido?”

Acenei que sim. Sentia-me à beira das lágrimas. Parte de mim irritada por isso… por perceber que o poder que te cedera me deixava tão vulnerável perante ti.

Saí da banheira e enrolei-me numa das toalhas, deixando que o contacto com a minha pele secasse alguns fios de água que escorriam. Estava calor… por isso não me enxuguei totalmente, experimentando a frescura deixada pela água.

- Queres ajuda para entrar? – perguntei irritada e provocadora.
O olhar que me lançaste gelou-me.
Quem era aquele estranho que estava ali e tomara o teu lugar?

Continua

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Submissão

Não recordo bem como tudo começou. Qual foi o catalisador que terá feito surgir as primeiras conversas sobre o assunto.

Submissão. Um “jogo” que quisemos experimentar. Um fetiche que partilhávamos e que juntos quisemos tornar real.
Ambas as situações me excitavam… estar na posição de submissa… ou na de dominadora. Foi um pouco ao acaso que escolhemos os primeiros papéis, que mais tarde invertemos e voltámos a inverter, acabando onde tínhamos começado.

Engraçado como pouco a pouco, os limites que traçáramos, definindo os parâmetros da relação que nos permitiríamos ter, iam sendo removidos.

Foi ao assumir o papel de submissa que tomei consciência da confiança que tinha em ti.
A simples ideia de entregar, não apenas o meu corpo, mas a minha própria vontade, nas tuas mãos, ao invés de despertar receio, despertou apenas uma nova forma de excitação, intensa a um ponto que me apanhou desprevenida.

Algemas, vendas… não eram brinquedos novos, mas assumiam naquele jogo um novo papel, mais profundo, porque a vontade que ditaria a sua função seria, desta vez, unicamente a tua.
E eu… limitar-me-ia a seguir a tua vontade… o teu desejo… o teu prazer… estranhamente toda a situação acabou por me dar a mim um prazer inigualável.

Delineadas algumas regras, foi com um misto de receio e ansiedade, excedido apenas pela excitação que tomava conta de nós, que nos lançámos nesse “jogo” e assumimos os papéis que nos caberiam, como actores numa peça em que o enredo estava nas tuas mãos.

À hora marcada cruzámo-nos, como se por acaso, no hall do prédio. O facto de ser na tua casa, um local que eu já conhecia, dava-me uma certa segurança, uma certa sensação de aconchego.

Nada disseste e eu mantive-me calada. Entrámos no elevador e mal a porta fechou encostaste-me contra o espelho. Sentia a tua respiração tão acelerada como a minha… com uma mão levantaste a saia e acariciaste-me as nádegas… confirmando se eu tinha vindo como ordenaras. Completamente depilada, nada por baixo da saia.

Aquela total ausência de palavras começava a provocar em mim algum desconforto… não desagradável porém… de alguma forma semelhante ao provocado pelas bolas chinesas que me mandaras usar… e que naquele momento preenchiam a minha cona… quase quebrei a regra do silencio e te pedi para parares o elevador naquele momento. Quase…

Quebraste o contacto com o meu corpo, e mantiveste uma postura de indiferença, que não me agradou de todo, até o elevador parar.

Abriste a porta do apartamento e fizeste-me sinal para entrar. A tensão que a tua atitude me provocava estava a tornar-se difícil de suportar.

Conduziste-me ao meio da sala e sentaste-te no sofá, como espectador de um filme que se desenrolava perante ti.
“- Despe-te.”
A aspereza da tua voz surpreendeu-me… parte de mim tentava relembrar-me que estávamos apenas a jogar um jogo que ambos escolhêramos.

Desapertei lentamente os botões da blusa e depois a saia que caiu aos meus pés. Baixei-me para a apanhar…
“- Deixa. Continua.”
Tirei a blusa e desapertei o soutien desnudando os meus seios que não permitiam negar a excitação que sentia no momento. Baixei-me para desapertar as sandálias, e pu-las de lado.

Tu limitaste-te a olhar-me com uma expressão algo displicente, não fosse o brilho desse olhar que eu tão bem conhecia, a denunciar-te.
“- Fizeste o que te mandei?”

Tinhas-me proibido de me tocar no dia que antecedeu o nosso encontro.
Acenei que sim.

“- Vai para o quarto. Quero-te na cama, de quatro, virada para a parede… as pernas afastadas.”
Hesitei por momentos e depois dirigi-me ao quarto, colocando-me na posição que ditaras. Mais que nervosa começava a sentir algum receio… não que isso de algum modo diminuísse a minha excitação.

Sentia as bolas dentro de mim a cada movimento que fazia, pois, mesmo naquela posição, não conseguia imobilizar-me totalmente.
Ouvi-te ligar a televisão… e eu começava a sentir-me totalmente ridícula naquela posição.

Não dei por entrares no quarto, apenas te percebendo quando as tuas mãos começaram a desenhar nas minhas costas uma linha… com início na base da nuca, provocando um arrepio que percorreu todo o meu corpo, e prosseguindo… até agarrares o fio que prendia as bolas e começares a brincar com ele...

Continua

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Interlúdio

Por vezes preciso de momentos comigo. Não diria que aprecio a solidão, mas há alturas em que tenho necessidade de estar sozinha. A música certa a tocar, um vinho gelado a entorpecer docemente os sentidos e o mar tenuamente iluminado por uma lua que já foi cheia…
Perco-me na beleza da paisagem… nesse mar imenso que amo com uma intensidade que raia a loucura.
O reflexo da lua e das poucas estrelas que se atreveram a aparecer, espraia-se nas águas escuras.
Deslumbrante… perfeito em seu mistério.

Lembras-te da última vez que aqui estivemos?
Discutimos por um qualquer motivo sem sentido.
Jantaste sozinho.
Eu resolvi sair.
A noite estava como a de hoje. Fria, escura… um vento desagradável que gelava por dentro… ou talvez por dentro já estivesse gelada…

Fui até à praia. Partilhar as lágrimas com o meu eterno amante. Gelada a areia quando me descalcei. Mais gelada ainda a água. Molhei as mãos e passei-as no rosto… acalmou-me estar ali. O cheiro e o gosto do sal na pele…
Tudo parecia tão sem sentido visto dali. Perante aquele vasto mar mais patético parecia o motivo da discussão.
Estava frio e tinha saído sem casaco. Devia voltar… mas queria ficar, só mais um pouco… Sentei-me numa espreguiçadeira, daquelas que ficam abandonadas na areia para o dia seguinte, e enrolei os braços à volta dos joelhos na tentativa de reunir algum calor.
Só mais um pouco… sentia o corpo meio dormente. Talvez fosse mesmo altura de voltar.
Forcei-me a levantar e a percorrer o espaço que me levava de volta.
Só quando cheguei a casa me apercebi de que saíra sem chave. Não fazia ideia que horas eram… apenas que tinha de tocar à campainha para poder entrar.

Abriste a porta e afastaste-te dando-me passagem.
- Desculpa – disse meio a resmungar – esqueci-me da chave.

“- Quando queres és insuportável, sabias?” – disseste antes de me encostar à parede e de me tapar a boca com um beijo intenso que me impediu de te responder.
“-Sabes a sal…” – sussurraste.
As tuas mãos queimavam na minha pele, acariciando, explorando, despertando um fogo que aos poucos derretia o gelo que era o meu corpo.
Não sei dizer em que momento abriste o body… incómodo obstáculo à vontade que me… que nos consumia.
Apenas lembro quando me puxaste a saia e me levantaste no ar, as minhas pernas envolvendo a tua cintura.


E quando ali, encostados à parede, num precário equilíbrio, me penetraste com urgência. Os meus braços envolviam o teu pescoço e a minha boca devorava a tua sofregamente.
Cada estocada arrancava um gemido de puro prazer. Intenso, vibrante… urgente. Um desejo animal incontrolável que nos guiava, sem espaço para enganos, pela estrada do prazer… até ao limite do suportável… até ao êxtase final…
Os nossos corpos, suados, tremiam… saciados porém.

Bebo mais um gole de vinho…
Gosto destes momentos só meus, mas o que me faz sorrir é saber que não tardas em chegar.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Desejo


O licor gelado desliza pela garganta deixando um rasto de doçura que suavemente inebria os sentidos, toldando aos poucos a razão...

Ao ritmo da vontade, os meus dedos percorrem o trilho que os teus traçaram no meu corpo ainda há pouco...

Na pele as marcas do desejo mal contido que não parece saciar-se com mais nada... nem ninguém...

Procuro entender o porquê de continuar a entregar-me, o porquê de desejar essa entrega, o porque de ansiar quase desesperadamente por cada toque teu...

Talvez seja algo que não tem de ser entendido, apenas sentido... porque a razão não sabe explicar que loucura é essa que toma conta de mim... e conduz, uma e outra vez, os meus passos para ti...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Playing games IV


“- Deita-te na cama.”

Com algemas forradas a veludo prendeste-me as mãos às colunas que suportavam o dossel, na cabeceira da cama. Sustive a respiração antecipando o prazer.
Fizeste o mesmo com os meus pés que prendeste às colunas de baixo. Encontrava-me totalmente imobilizada. Pensei que me fosses tocar… queria sentir-te. Mas limitaste-te a aumentar progressivamente, até ao limite, a intensidade do ovo vibratório que ainda se encontrava dentro de mim.

Deliciosa a sensação. Insustentáveis os gemidos que me agitavam o corpo. Queria tocar-me e assim alcançar a explosão que sentia a formar-se dentro de mim… mas não podia. E tu também não o fizeste. Limitaste-te a brincar, diminuindo a intensidade quando me adivinhavas perto de atingir o orgasmo.

- Quero sentir-te… gemi.
“- Não. Ainda não…
- Solta-me...
“- Convence-me!”

- Quero-te Paulo! Preciso de te sentir dentro de mim… quero o teu caralho a preencher-me totalmente… enlouqueces-me ao não deixar saciar este desejo que acendes em mim… solta-me… só por uns instantes…
“- Por uns instantes então… apenas isso.”

Soltaste-te da cama e de imediato te envolvi com os meus braços, puxando-te pelos cabelos e apertando-te contra mim. Beijei sofregamente esses lábios que me enlouqueciam… e fiz com te deitasses na cama. Tirei a roupa que ainda escondia o teu corpo de mim e atirei-a para uma cadeira que se encontrava ao lado da cama.

O teu olhar… adoro quando me olhas assim… intensamente… insanamente… um olhar onde o desejo comanda. O brilho que não escondem torna-os ainda mais verdes, sabias?

Meio a sério, meio a brincar coloquei as algemas nos teus pulsos, e prendi-os às colunas da cama…
“- O que estás tu a fazer… malvada.” – sussurraste.
- Shiu… - disse-te a sorrir.

Mordi-te o lóbulo da orelha e desci pelo teu pescoço… beijando cada centímetro de pele, agora à minha disposição… chupei ao de leve os teus mamilos e desenhei com a minha língua um trilho de saliva até ao teu umbigo… a tua respiração ofegante confirmava a excitação que a tua erecção também não saberia negar…

De joelhos na cama, e sem parar de te olhar nos olhos, levei o teu caralho uma vez mais à minha boca… percorri-o com a língua...
- Adoro sentir-te assim… e saber que estás assim por minha causa…

Sentia a tua respiração acelerada... e o bater descompassado do teu coração...

Afastei-me e abri ligeiramente as pernas… com a mão retirei o ovo… esperava que me repreendesses… mas a excitação falou mais alto que qualquer regra.

Coloquei-me sobre ti e guiei o teu caralho para dentro de mim… fi-lo deslizar devagar e depois movendo o quadril forcei-o todo para dentro de mim, não calando um gemido de prazer…
Também tu mordias o lábio inferior...

Sem parar o movimento que te empurrava (ou puxava?) cada vez mais para dentro de mim, deitei-me sobre ti e apoderei-me da tua boca…
“- Pára! Vais fazer com que me venha…”

Mas eu não queria… nem que quisesse conseguiria parar naquela altura. Também eu me sentia prestes a atingir o orgasmo… e não queria adiá-lo mais. Ao invés de parar, acelerei o ritmo até que um grito que soou em uníssono marcou a explosão do prazer… todo o meu corpo tremia… e a respiração teimava em não acalmar…

“- Malvada…” – murmuraste.
- Desculpa…
“- Se não me tivesses prendido à cama agora dava-te umas palmadas… andas a pedi-las…”
- Não seja por isso... mas só se prometeres que antes me dás banho…
“- Eu dou-te banho… mas depois. Solta-me agora.”

Deitei-me sobre ti para desapertar as algemas.
- Vais castigar-me agora? – sussurrei-te ao ouvido de forma provocadora.

Rolaste sobre mim e imobilizaste o meu corpo debaixo do teu. A tua boca tomou conta da minha. As minhas mãos no teu rosto puxavam-te mais para mim.
“- Deixas-me louco…”
- Bem feito… não seria justo que fosses só tu a ter esse efeito em mim…”
Falávamos por murmúrios, saciando-nos em carícias…

“- Quase me esquecia…”
- Sim?
“- Tenho de castigar-te…”
Sentaste-te na cama e puxaste-me de forma a que ficasse no teu colo de barriga para baixo. Uma palmada forte… eu nada disse.

“- Devia dar-te uma por cada minuto de atraso…” - disseste ao meu ouvido.
Um tremor involuntário percorreu o meu corpo.
“- mas íamos perder o resto da tarde… e há formas bem melhores de a ocuparmos…”
Evitei um suspiro de alívio.
Uma outra palmada com mais força ainda. E outra. E outra ainda.
“- Gosto de te ter assim… submissa. E de ver este rabinho lindo bem vermelho…”

Beijei-te… um beijo longo… intensamente saboreado. Inebriava-me a sensação de me entregar a ti.
Pegaste-me ao colo e levaste-me para a banheira… tão bom aninhar-me nos teus braços… pousaste-me e entraste comigo. Puseste a água a correr e empurraste-me para debaixo do chuveiro.
- Não. Está fria ainda!

Claro que fizeras de propósito. Mas não demorou a aquecer. Foi a minha vez de te puxar… a água escorria pelos nossos corpos acariciando cada centímetro da nossa pele. As nossas bocas unidas saciavam outra sede… não usámos o gel, apenas a água e as nossas mãos… sabíamos que antes do dia findar estaríamos novamente ali.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Playing games III


Levantámo-nos e dirigimo-nos ao elevador. O restaurante que escolheras ficava no 1º piso. Àquela hora não havia ninguém nos elevadores.

Mal entrámos, encostaste-me ao espelho e beijaste-me com sofreguidão enquanto a tua mão me acariciava o clitóris. Voltaste a ligar o ovo e eu deixei de fazer qualquer esforço para controlar os gemidos de prazer que os teus dedos me arrancavam.

O elevador parou e a porta demorou a abrir, dando-me tempo para me recompor antes de sair para a rua. Mas não era a rua que nos esperava.

Olhei-te inquisitiva e tu sorriste divertido com a minha surpresa. Pegaste-me na mão e conduziste-me a um quarto… 712, era o número que a porta exibia.

Abriste-a sem hesitar e entrámos. As janelas estavam abertas, iluminando um espaço amplo ocupado por um sofá e uma enorme cama com dossel. Ao lado uma porta para o quarto de banho.

Pendurei-me no teu pescoço inebriada pela deliciosa surpresa que prepararas… e talvez pelo vinho também, e beijei-te longamente, saboreando a tua língua e cada recanto da tua boca.
- Quero-te… quero-te tanto.
“- Eu sei. Mas ainda não.”

Retiraste as minhas mãos do teu pescoço e afastaste-me. Dirigiste-te ao sofá e sentaste-te calmamente acendendo um cigarro.
“Despe-te.”

Comecei a desapertar o vestido que caiu a meus pés. Lentamente desapertei o soutien, acariciando os meus seios no percurso. Descalcei os sapatos de salto alto… e deixei-me ficar nua à tua frente. Entre as pernas apenas o fio que prendia o ovo. Fiz menção de o tirar, sem parar de te olhar. Um ligeiro aceno de cabeça proibiu-me de o fazer.

Como se só então te lembrasses dele, ligaste-o uma vez mais. Um arrepio electrizante percorreu o meu corpo quando o fizeste.
“- Ajoelha-te e toca-te para mim.”

Ajoelhei lentamente e abri ligeiramente as pernas. Com uma mão acariciei o biquinho duro dos meus seios, apertando… enquanto a outra deslizou para o meu clitóris… e comecei a tocar-me. Estava tão molhada, tão quente… aceleraste a intensidade da vibração e com ela o meu ritmo cardíaco, e a minha respiração ofegante…

- Não quero brincar sozinha… quero-te – supliquei.
Sem esperar que dissesses algo, dirigi-me de joelhos até ti. Adorava ver aquele brilho no teu olhar. Acariciei-te por cima dos jeans e senti a tua erecção… não me disseste para parar, por isso continuei, abrindo-te o cinto e desapertando os botões que escondiam de mim o teu caralho…

Coloquei as mãos por dentro dos boxers e toquei-te… estavas tão duro. Tirei-to para fora e comecei a acariciá-lo primeiro com a ponta dos dedos… depois com a língua… humedeci-to todo e chupei devagar a glande, engoli-to com vontade… adoro sentir-te a endurecer e a engrossar mais ainda na minha boca… adoro sentir na boca a tua excitação a aumentar…

Aos poucos aumentei o ritmo, engolindo-to quase todo… lambi e chupei os tomates, antes de voltar a concentrar-me nele.
Nesta altura seguraste os meus cabelos e fizeste que parasse.

- Não… - gemi – deixa-me continuar… prometeste-me sobremesa… - disse-te lasciva.
Riste com vontade.

A tua voa soou rouca quando me respondeste. “- Não quero que me acuses de quebrar uma promessa. Chupa-o, engole-o como só tu sabes fazer…”

Mas não deixaste que o fizesse sozinha. Agarraste-me e forçaste-me a engoli-lo todo… quase me sufocando. Aumentaste o ritmo, forçando-o até ao fundo da minha garganta, mal conseguia respirar e tu não paravas… cada vez mais depressa… até que gemido teu… e um líquido quente escorrendo pela minha garganta marcaram o atingir do orgasmo. Lambi cada gota que ficou… sabes o prazer que me dá dar-te prazer…

Continuavas sentado no sofá. Acendeste novo cigarro e passaste-mo. Aspirei longamente e senti o fumo preencher-me antes de o voltar a expelir. Devolvi-to e deixei-me ficar a aguardar o que estaria para vir...

Continua

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Playing games II


Pouco depois voltaste tu. Fizeste sinal ao empregado que de imediato se aproximou e disseste-lhe que podia trazer as entradas e o vinho que tinhas escolhido.

Olhaste-me nos olhos com um sorriso atrevido, e pousaste a tua mão sobre a minha. Arrepiou-me o teu toque.
Não sustive um gemido quando o ovo que me introduziras começou a vibrar.

“- Shiu…” - disseste baixinho continuando a sorrir e não deixando de me olhar nos olhos.

Dentro de mim o ovo tremia, alternando a intensidade da vibração e deixando-me louca. Mas apenas o rubor da minha face e o brilho dos meus olhos o denunciava.
Apertei as mãos uma na outra na tentativa de controlar as ondas de excitação que corriam pelo meu corpo.

Queria pedir-te para parares, mas a tua expressão demonstrava bem o prazer que estavas a ter com tudo aquilo. Não queria negar-te isso. Mas estava a ser por demais difícil controlar…

O empregado voltou. Pousou as entradas e deu-te o vinho a provar. Imperturbável, mandaste-o servir.
“- Prova.”
A minha mão tremia quando peguei no copo e o levei aos lábios, bebendo um gole que deslizou pela garganta, suave, macio, ligeiramente amargo.
- Delicioso… murmurei.

Levei um dedo ao copo e molhei-o, fazendo-o depois deslizar pelos meus lábios, provocando-te… chupei-o ligeiramente sem parar de te olhar.

O teu olhar não escondia a excitação que o meu gesto provocara… e eu sabia bem disso. Para me mostrares que podíamos os dois brincar àquele jogo, aumentaste a intensidade da vibração, e um gemido escapou dos meus lábios.

- Por favor… - pedi. Sentia que toda eu tremia ao ritmo que me impunhas com o comando que guardaras para ti.
Doce tortura…

Levei o copo aos lábios e bebi mais um pouco. Quase me engasgava quando voltaste a pressionar o botão que regulava a intensidade da vibração.
“- Algum problema? – perguntaste com um sorriso indecentemente provocador.
Acenei que não… problema nenhum… estava a adorar cada momento…

- Quero-te… não podemos sair já?
“- Ora essa e perder o que se afigura um almoço delicioso? Claro que não.”
- Paulo…
“- Não tocaste nas entradas. Não tens fome? – disseste enquanto espetavas um garfo na salada de camarão e ananás.
- Tenho… de ti…

“- Sei... mas terás de esperar. Afinal, foste tu quem se atrasou.”
Acabei por retirar um pedaço de ananás e mordisquei-o. A intensidade da vibração diminuíra, e tornava-se mais fácil tentar agir normalmente.
Tu eras porém o meu único apetite.

Acabei de beber o vinho que tinhas colocado no meu copo e estendi-to para que o enchesses.
“- É melhor comeres qualquer coisa. Não te quero embriagada.”
Mas fizeste-me a vontade e encheste-me o copo.
Quando chegaram os pratos forcei-me a comer qualquer coisa, porque realmente o vinho começava a fazer efeito, ou talvez nem fosse o vinho.

Olhei-te e pensei que eras tu que me embriagavas… com toda a loucura que despertavas, com todo o prazer que me oferecias.
Comeste lentamente saboreando cada garfada e fazendo durar o momento. Eu não conseguia parar quieta. Não imaginava a hora de sair dali e saborear-te. Só tu podias saciar aquela fome.

Finalmente terminaste e fizeste sinal para o empregado, que me perguntou se a comida não me havia agradado, uma vez que mal tocara no prato. Gaguejei uma desculpa qualquer de falta de apetite.

Perguntou se íamos querer sobremesa. Olhei-te em suspenso na expectativa que pedisses o café.
Dando resposta às minhas súplicas silenciosas, pediste dois cafés.

Fizeste sinal que me aproximasse, como se me quisesses contar um segredo e disseste em surdina “- Já te dou a sobremesa.”

Sorri em resposta, mordendo o lábio inferior, como sempre fazia quando estava nervosa. Tinha desejado que o almoço chegasse ao fim. Mas agora aquela ansiedade do que se seguiria entorpecia-me os sentidos, e deixava um friozinho na barriga. Sentia-me a tremer. E agora não era resultado do ovo que enfim desligaras.
Continua

terça-feira, 31 de março de 2009

Playing games


O almoço estava combinado há semanas, mas à última da hora não me consegui livrar de uma situação urgente. Enviei-te um sms, dizendo que chegaria cerca de 15 minutos atrasada. Não respondeste. Já te disse o quanto detesto que o faças? Provavelmente sim…

Os 15 minutos acabaram por se tornar em quase 40. Parte de mim receava que a tua reacção fosse ir embora, mas a outra parte confiava que não o farias.

Quando cheguei não te vi de imediato, julguei o pior… não sei dizer o alívio que senti quando finalmente te percebi numa das mesas perto da janela. Quase corri para ti. Armei-me com o meu melhor sorriso e um pedido de desculpas, mas mal me olhaste quando cheguei.

Vestias uma camisa clara que contrastava com a tua pele morena. Perdi-me nos teus olhos, verdes àquela luz suave que entrava cortada pelo bambu que nos ocultava de quem passeava lá fora, nos terraços.
Comecei a tentar explicar o que acontecera, mas acabei por me calar. O teu olhar não largara o copo de martini que agitavas na mão.

“- Pedi explicações?” – disseste finalmente.
- Não, mas…
“- Então cala-te! Falas quando eu disser para o fazeres. Vamos pedir. O que te apetece?”
- Qualquer coisa… escolhe tu. Não estou com grande apetite…

Chamaste o empregado e pediste umas entradas, mas escolheste logo o prato principal, alertando-o para não demorar em o trazer, mal terminássemos as entradas.
“- Vais à casa de banho e esperas lá por mim. Vai. Agora”

O jogo tinha começado uma vez mais.

A ansiedade e a excitação tomavam já conta de mim.

As casas de banho masculinas e femininas eram antecedidas por um hall comum, com uma bancada que suportava diversos lavatórios e um espelho corrido que ocupava completamente uma das paredes. Esperei aí.

Entrou uma senhora e fingi olhar o espelho como que a retocar a maquilhagem. Ela dirigiu-se a uma das cabines e foi nesta altura que entraste.

Dirigiste-te a mim e voltaste-me de costas, de frente para o espelho. Um dos braços segurando-me pela linha dos ombros, contra ti. Sem pudor a mão que tinhas livre levantou-me o vestido expondo-me perante o espelho. Não usava cuequinhas… sabia que nestes encontros, era assim que me querias. Receava que entrasse alguém, mas não me atrevi a dizer nada.

Deixaste que o vestido caísse e me ocultasse, no preciso momento em que a tal senhora saiu da cabine. Suspirei de alívio. Ela olhou-nos de forma estranha e apressou-se a sair dali.

“-Levanta o vestido.”
Obedeci, expondo uma vez mais perante espelho o meu corpo nu. Com o toque dos teus dedos provocaste um arrepio que percorreu todo o meu corpo.

Levaste uma mão ao bolso do casaco, que entretanto vestiras, e de lá tiraste um brinquedo…
Tratava-se de uma espécie de ovo vibratório. Levaste-o à minha boca e de imediato o lambi, humedecendo-o com a minha saliva.
As minhas mão seguravam ainda o vestido. A porta que dava acesso à saída abriu-se e deixei-o cair, ajeitando-o, disfarçando atrapalhadamente… senti-me mudar de cor.

Mas o senhor que entrou, nem pareceu reparar em nós, dirigindo-se aos lavabos masculinos.

“- Disse-te para largares? – murmuraste
- Não, mas…
“- Shiu! Coloca-te como mandei”
Voltei a levantar o vestido, e com mais força que a necessária, introduziste o ovo na minha cona, que denunciava já o quanto estava excitada. Sufoquei um gemido.

Segurando-me por um braço, levaste-me para a entrada de uma das cabines e entraste comigo. Aí encostaste-me à parede e levantaste-me o vestido. Os teus dedos procuravam agora outra abertura.

- Não… - disse baixinho - por favor… aqui não…
A tua mão tapou-me a boca, quando os teus dedos encontraram o que procuravas, e me penetraste com um deles. Teria gritado certamente, com a dor que provocaste, não fora a tua mão que me impedia de o fazer.

Encostaste-me a mim, e podia sentir mesmo sobre os jeans que usavas, a tua erecção.
“- Vês com me deixas? Desobedeces-me, fazes-me esperar, e ainda assim te desejo tanto… que chega a doer. Devia castigar-te. Tens de aprender a cumprir horários e a fazer o que te mando.”
- Então... castiga-me... - murmurei provocadora.

“Vamos voltar para a mesa. Vai.”

Saí à tua frente e sentei-me devagar. Inebriava-me a excitação que toda aquela situação me causava…

Continua

segunda-feira, 30 de março de 2009

Obrigado...

... por me dares um motivo tão bom para acordar mais cedo ao sábado de manhã...

Adoro quando o fazes.

Miss you already...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Quero-te

O cheiro da tua pele ficou entranhado na minha.

Na minha boca o sabor dos teus lábios.

No meu corpo, as marcas deixadas pela urgência do desejo já se desvanecem…

Mas não a fome que tenho de ti.

Como um vício… não consigo saciar toda a vontade que despertas em mim.

Os instantes que roubámos ao tempo souberam a pouco…

Quero mais… preciso de te sentir, preciso que apagues este fogo que me incendeia, consumindo-me sem piedade.

Quero-te.

segunda-feira, 23 de março de 2009

... somente sexo e amizade III


O teu braço envolvendo-me e apertando-me contra ti, as tuas mãos acariciando-me as nádegas, trouxeram-me de volta à realidade. Fui surpreendida pelo ardor que nelas sentia ao mero toque.

“- Estás bem?" – murmuraste.
- Estou… acho…

Tiraste-me a venda e olhaste-me nos olhos. Com a língua apanhaste uma lágrima que caía ainda…
“- Magoei-te?”
- Só quando me disseste para ir embora…
“- Não ía deixar que fosses…”
- Quero-te! Preciso de te sentir… preciso tanto de te sentir...
“- Estou aqui. Deita-te na cama.”

Vi no espelho do quarto as marcas vermelhas que as minhas nádegas exibiam. Não reprimi um gemido quando me sentei na cama.

Juntaste as minhas mãos por cima da cabeça e prendeste-as à cama com a fita de cetim que me pediras para trazer…

Olhei para ti com uma pergunta no olhar que não fui capaz de formular…
Deslizaste as tuas mãos pelo meu rosto, pescoço, detendo-te por momentos nos meus seios que acariciaste. O teu olhar denunciava o desejo que cada toque teu demonstrava.

Acho que isso me acalmou… deixei que continuasses sem mais perguntas…
A tua boca tomou conta da minha e beijaste-me sofregamente… aí percebi a urgência do desejo, que também tinha já tomado conta de mim.

Percorreste com a língua em movimentos circulares a auréola dos meus seios, chupando um mamilo e apertando outro com a ponta dos teus dedos.
Indescritível o prazer que me davas…

Traçando uma linha de saliva por onde passava, a tua língua chegou à minha cona… e aí se deixou ficar. Lambendo, chupando, de forma intensa e ritmada, deixando-me louca de prazer.
- Fode-me… - supliquei - quero sentir-te dentro de mim… preciso de te sentir…

Acedeste ao que te pedi. Também tu ansiavas pelo mesmo que eu.

Fizeste-o de forma quase violenta, enterrando o teu caralho na minha cona quente e tão molhada… forçando-o mais e mais até ao fundo de mim… cada vez mais depressa… tão grosso, tão duro… a tua respiração tão acelerada… o teu olhar… naquele momento só nós existíamos, só nós éramos reais… e contudo, sentia-me como se estivesse a viver um sonho… fora do tempo, fora de mim.

Sentia-me como se o meu corpo não me pertencesse, pois deixara de me obedecer, transportado a um universo, onde só o prazer era real…
Atingimos juntos o orgasmo numa explosão de sentir.

Deixaste-te ficar dentro de mim… sentia os braços dormentes da posição em que me encontrava.
- Solta-me – pedi – quero abraçar-te…
Mexendo-te devagar, soltaste o laço que prendia as minha mãos e então pude fazê-lo… envolvi-te num abraço apertado, como se te pudesse trazer todo para dentro de mim…

Dei por mim a sorrir… sentia em mim o eco de uma música antiga…
… “então tá combinado, é quase nada… é tudo somente sexo e amizade.”

Apertaste-me com mais força contra ti. As tuas mãos passeavam no meu corpo, que respondia a cada toque… ensaiando um recomeço.
“- És linda.”
E a tarde mal tinha começado…

quinta-feira, 19 de março de 2009

Presente!

Recebi de presente este selo lindo, oferecido pela querida {Nanda}_A que nos oferece poesia em forma de prosa, transbordante de sentimentos... no blog “Pensamentos Soltos.”
Com o selo vem um pequeno questionário.

1) O que te move?
A paixão pela Vida. O tentar ser hoje melhor do que ontem, nem sempre com sucesso…mas nunca desistindo.

2) O que te levou a escrever um blog?
Não confio na memória para guardar com todos os detalhes que merecem, momentos únicos que tive a sorte de viver. O gosto pela escrita, o facto desta me ajudar a relativizar o que vivo, emoções, sentimentos…
E claro, não podia deixar de referir como um bónus os comentários, críticas e opiniões de terceiros que partilham comigo parte do seu tempo ao ler o que escrevo.


3) Um grande defeito seu?
Talvez a intolerância… principalmente comigo, mas também com os outros… algo que venho tentando corrigir.

4) Uma grande virtude sua?
Saber ouvir. (ok... não é assim tão grande… não sou propriamente uma pessoa virtuosa...)

5) Um desejo realizado?
Ter tido a sorte de encontrar na vida pessoas que me conhecem por todos os prismas e ainda assim gostam de mim, aceitando-me como sou, e por ter o privilégio de lhes chamar Amigos.

6) Um desejo a realizar?
Não perder tempo. Viver intensamente esta aventura que é a Vida, evitando repetir erros.

7) A maior loucura…
Viver! Acordar todos os dias com a coragem de enfrentar uma sociedade que critica sem condescendência, que julga, sem apelo nem agravo, que oprime só porque tem o poder de o fazer, que ostraciza e aliena quem tem a coragem de ser diferente… e ainda assim dar graças a Deus pela oportunidade de estar viva. Só pode ser loucura...

Ofereço ambos a todos vocês que me visitam.

segunda-feira, 16 de março de 2009

... somente sexo e amizade (cont.)

A dada altura tiraste-o da minha boca.
Percebi que querias prolongar o desejo… prolongar o prazer…

Levantaste-me e fizeste com que me sentasse na cama. Instintivamente cruzei os braços, que de imediato afastaste.

Sussurraste-me ao ouvido: “- Diz-me que és minha.”
- Sou tua… murmurei baixinho. Não conseguia controlar as ondas de prazer que se sucediam, na expectativa do que estava para vir…
Percebeste isso no ritmo da minha respiração… e na humidade que sentiste quando me penetraste com dois dedos… fazendo-me gemer.

“- Diz que me pertences! E que posso fazer contigo o que quiser.” Falaste tão baixo… mas poucas vezes as tuas palavras tiveram mais força.

- Sou tua Paulo… atrevi-me a dizer. Não conseguia pronunciar o resto…
“- Então? Porque não continuas?”
- Tenho medo… não conheço a personagem que representas. Tenho medo que leves isto longe demais e me magoes…

Fui invadida por uma estranha e incontrolável vontade de chorar… sentia o nó que se formava na garganta sem o poder evitar. E sem que este fizesse qualquer sentido para mim...

“- Muito bem. – disseste – não quero fazer nada contra a tua vontade!”
Surpreendeu-me a frieza da tua voz.
“- Veste-te e vai-te embora. Falamos noutra altura.”

A dor que aquelas palavras provocaram foi mais do que pude suportar. As lágrimas corriam já sem que as tentasse deter, molhando o veludo que ainda me mantinha na escuridão.

Senti as tuas mãos na minha nuca, desapertado o pano que me vendava, e só nessa altura reagi.
- Não. Espera por favor. Desculpa. Podes fazer comigo o que quiseres. Sou tua…

Ouvi-me pronunciar tais palavras sem acreditar que o estava a fazer, sem acreditar que era eu que as havia proferido.
“- Tens a certeza?” perguntaste ainda.
Acenei que sim. Sentia-me incapaz de proferir mais uma palavra que fosse.

“ Quero-te de joelhos, com as mãos no chão.”
Dei por mim a obedecer.

A primeira palmada apanhou-me de surpresa, e involuntariamente movi-me para lhe fugir.
“- Quieta!” Disseste, num tom que não admitia réplica.
Depois veio a segunda, e a terceira… batias com força numa e noutra nádega e sentia já o ardor a intensificar-se.

Devo estar a ficar louca para admitir isto, pensei para mim.

Eis quando a tua outra mão me começou a acariciar o clitóris, de uma forma intensa e ritmada, como só tu o sabias fazer… quase escorria de tão molhada…

Foi tão estranho. A intensidade do prazer que me oferecias com uma mão quase me fez esquecer a dor que a outra me infligia. Estranhamente dei por mim a não querer que parasse, nem uma, nem outra…

O acelerar da minha respiração… os gemidos de prazer que já não conseguia conter, aliavam-se às lágrimas. Não sabia se chorava de dor ou prazer… sabia apenas que nunca na minha vida tinha sentido nada assim… tão intenso!

Não paraste de me acariciar até que atingisse o orgasmo… o que não tardou a acontecer.
A intensa convulsão que me percorreu o corpo e o grito que não fiz por calar, denunciou-o.

Nunca sentira um orgasmo com tanta intensidade. Indescritível a sensação que me envolveu, como se o tempo tivesse parado…

(continua)

quinta-feira, 12 de março de 2009

...somente sexo e amizade

Amei-te e odiei-te naquela tarde.
  • Abriste-me a porta e com um olhar silenciaste as palavras que não cheguei a proferir.

Recusaste-me o beijo e de uma forma fria, na qual não te reconheci, disseste-me que fechasse os olhos. Obedeci, ainda sem perceber que novo jogo era aquele, mas ansiosa por nele entrar.

Senti o toque do veludo no meu rosto quando me vendaste. Não soube reprimir a surpresa, sufocando um grito que não o chegou a ser.

A minha respiração e o bater descompassado do meu coração denunciavam o estado de efervescência em que me encontrava.

Guiaste-me através da escuridão que me tinhas imposto, por uma casa que não conhecia, amparando-me quando tropecei.

Senti que as tuas mãos me desapertavam, sem pressa, a blusa que usava. Tocaste ao de leve na minha pele, provocando um arrepio, seguiste a linha do meu pescoço, descendo até que a tua mão se reteve no meio seio… envolvendo-o, apertando com força o mamilo que denunciava o desejo que despertavas em mim.

Apertaste mais até me magoar. Arfei, num misto de receio e excitação.
- Pára! Que raio julgas…

Não me deixaste continuar, tapando-me a boca com um beijo. Um beijo que há muito desejava. Aceitei-o com sofreguidão… e então paraste de me beijar.

A dor do desejo não satisfeito era intensa… ou seria apenas aquela que os teus dedos provocavam ainda ao apertar?
- Porquê tudo isto?

“- Shiu! Não quero mais perguntas. Só respostas e apenas quando eu as pedir.”

Tiraste-me a saia e percorreste com ponta dos dedos a renda do cinto de ligas que me tinhas pedido para usar. Sentia as tua mãos acariciando-me as pernas, tocando ao de leve os joelhos que tremiam.

Arrancaste-me o soutien e com ele um grito que não consegui evitar.
- Será preciso amordaçar-te? Preferia não o fazer…
Acenei-lhe que não.

Deixaste-me de pé, sozinha… no meu corpo apenas as meias e o cinto de ligas. Tinhas-me dito para não usar tanguinha e assim fiz… nesta altura já me questionava se teria feito a coisa certa.

Assustava-me aquele estranho em que te tornaras. Mas também me excitava de uma forma que me surpreendia.

Num momento senti a tua respiração ofegante junto do meu rosto e julguei que me ias beijar… entreabri os lábios de expectativa. Precisava de te sentir… mas apenas senti as tuas mãos nos meus ombros, forçando-me a ajoelhar.

Senti nessa altura que aproximavas o teu caralho da minha boca… tão duro… molhei-o com a língua e deixei que os meus lábios o envolvessem, chupando, engolindo-o, sentindo-o cada vez mais duro…
E então tiraste-o.

“- Pede-me. Diz-me o quanto o queres chupar!”
Sabias o quanto adorava fazê-lo, o quanto me excitava senti-lo a endurecer e engrossar ao ritmo com que o chupava.
- Deixa-me chupar-te…
“- Convence-me que o queres!”
- Quero… muito… sabes isso. Deixa-me sentir o teu caralho na minha boca… deixa-me mostra-te a vontade que tenho de ti… deixa-me…

Não me deixaste dizer mais nada, antes permitiste que continuasse o que pouco antes interromperas, enchendo-me a boca com ele.

As tuas mãos na minha nuca impunham um ritmo cada vez mais acelerado, empurrando até te ao fundo, dificultando-me a respiração… mas saciando o desejo que tinha de ti.
(continua)

quarta-feira, 11 de março de 2009

O meu primeiro selinho


Obrigado Desire.
Adorei a sensualidade da foto, acentuada pelo contraste com o vermelho.
Vou fazer por estar à altura de o merecer... ;)

terça-feira, 10 de março de 2009

Meu segredo


Entre suspiros e palavras escondidas, deixamos que a vida siga o seu rumo.
Sozinhos seguimos com ela.
Mas existem aqueles momentos em que iludimos o tempo e a vida suspende o tal rumo... e aí somos nós quem faz o agora.

Nesses instantes descobrimos o que verdadeiramente dá sentido aos dias.
Intensamente, como quem não tem nada a perder. Secretamente, porque subsiste uma réstea de razão... um ténue fio que nos liga a outras vidas. Apaixonadamente, porque não sabemos ser de outro modo.